”Carlos de Niggro é um nome que ressoa nas esferas do rap, do teatro, da televisão e do cinema brasileiro. Sua trajetória como rapper, ator e dublador reflete não apenas as intenções artísticas, mas também um compromisso com a expressão cultural e a representatividade negra.” – Revista DBN

Nascido em São Paulo, Carlos de Niggro iniciou sua jornada como membro do grupo de rap Herança Negra, que marcou presença na cena musical brasileira de 1991 até meados de 2012. Ao lado de companheiros talentosos como DJ Alexfull, Marcel e Léo, o grupo deixou sua marca com músicas como “Periferia” e “Cabeça Feita”, esta última integrando a coletânea “Rima Forte” idealizada pelo DJ Hum. A música do Herança Negra também encontrou espaço na trilha sonora da série “Turma do Gueto”.
Com formação em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes, Niggro expandiu seu alcance para além da música, consolidando uma carreira no teatro, na televisão e no cinema. Seu período no Núcleo Experimental do SESI foi marcado por uma série de espetáculos teatrais, entendendo o seu caminho como ator.
Na televisão, Carlos de Niggro deixou sua marca em produções como “Cúmplices de um Resgate”, “Chiquititas” (ambas exibidas pelo SBT) e “Metamorfoses” (da Rede Record), além de participações em séries como “Turma do Gueto” e “Vila Maluca”. Sua recente incursão na série “Betinho – No fio da navalha” da Globoplay traz mais um desafio e novas oportunidades de expressão. Atualmente, também brilha a série infantil “Super Lupa”, na TV Novo Tempo, encarnando o carismático cientista Dr. Hélio.
No cinema, Niggro conquistou espaço em produções como “Dois Coelhos”, “Papo de Boteco” e “Mundo Desertos de Almas Negras”, onde sua presença contribui para a diversidade e a representatividade nas telonas.

Como dublador, Carlos de Niggro empresta sua voz a uma variedade de personagens, incluindo Toof (Brock Morgan) na série “Cardinal”, Unique (Joey Baddass) em “Power Raisining Kanan”, e Chris Wakefield (BJ Clinkscales) no filme “O Próprio Enterro”, dando vida a diferentes papéis e narrativas.
No teatro, Niggro se destaca em peças como “Diário dum Carroceiro”, “A Máquina”, “Sonho de uma Noite de Verão” e “Electra Enlutada”, esta última rendendo o prêmio de Ator Revelação. Sua participação na Di-Versus Produções e no Grupo XPTO evidencia seu compromisso com a cena teatral brasileira, explorando novas formas de contar histórias.
Como membro do coletivo Projeto Crioulos, Carlos de Niggro contribui para a ampliação das vozes negras no cenário artístico, com espetáculos como “Crioulos” e “Vida Bandida”, além do curta-metragem “Cenas Pretas”. Sua recente estreia no espetáculo “Aquário” pelo grupo Dragão 7, e em “Otelo, o Outro” no Centro Cultural de São Paulo, em algumas experimentações artísticas.

À medida que Carlos de Niggro se prepara para gravar a 17ª temporada da série “Super Lupa”, continue sua jornada como dublador e os espetáculos teatrais de seu repertório. fica evidente que sua presença continua a ser um farol de inspiração para as gerações presentes e futuras da cena artística brasileira. Impressiona a capacidade de transitar entre diferentes formas de expressão artística, entendendo o seu compromisso com a diversidade cultural, o tornar uma figura fundamental no panorama cultural do brasileiro.