”Adalberto é mais do que um criador de conteúdo. Ele é um visionário comprometido em usar sua voz e arte para fazer a diferença no mundo.” – revistadbn
Desde o início de sua carreira, Adalberto sempre se preocupou em não apenas entreter, mas também educar e inspirar. Ele vê a sua vocação não apenas como uma forma de realização pessoal, mas também como uma oportunidade de servir o outro. Em suas próprias palavras, ele acredita na importância de “fazer algo pela sociedade”, e isso permeia todas as suas criações e ações.

Nas redes sociais, Adalberto se destaca por seu compromisso em abordar questões importantes e muitas vezes negligenciadas pela mídia convencional. Seus vídeos antirracistas são um exemplo eloquente de como ele utiliza sua plataforma para amplificar vozes e desafiar sistemas de opressão. Adalberto não se limita apenas ao racismo, mas também aborda temas como LGBTQIAPN+fobia, machismo, misoginia, classismo, xenofobia, capacitismo e etarismo, reconhecendo a interseccionalidade dessas questões e sua relevância para a comunidade negra.
O engajamento de Adalberto com a mudança social também se manifesta em seu trabalho como dramaturgo. Sua peça “Oboró – Masculinidades Negras”, aclamada pela crítica e premiada com o prestigioso Prêmio Shell 2020, oferece uma visão única e inspiradora das experiências de homens negros no Brasil. Mas o verdadeiro impacto da peça vai além dos palcos, alcançando jovens que encontram empoderamento ao se verem representados de forma autêntica e positiva em reflexão .
Além do teatro, Adalberto é também um autor prolífico, cujo livro “Confinamentos & Afins – O olhar de um homem negro sobre resistência e representatividade”, escrito em parceria com Rodrigo França, traz à tona questões cruciais sobre raça, intolerância religiosa e mídia.
Recentemente, sua influência e expertise foram reconhecidas por uma grande plataforma de streaming, que o convidou para contribuir como consultor em um projeto importante de fim de ano. Embora o projeto em questão não seja diretamente relacionado à militância, a empresa reconhece a importância de garantir uma representação adequada e livre de estereótipos racistas, e confiou em Adalberto para ajudá-los nessa missão.

Em última análise, Adalberto exemplifica o poder da arte como agente de transformação social. Usar sua voz para promover justiça, igualdade e inclusão inspira não apenas seus seguidores nas redes sociais, mas também aqueles que têm o privilégio de experimentar suas criações nos palcos, nas páginas de seus livros e em outros meios de comunicação.
”Adalberto é uma dessas luzes guia, mostrando nos o poder da arte para mudar o mundo.” – revistadbn
Adalberto, você é ator, já vimos na TV ou teatro, me diga, se for porque ator e como chegou até ser esse influencer?
Não sou ator, mas atuo aqui nas minhas redes sociais e nos meus vídeos. Sou jornalista, roteirista e escritor. Tornei-me influencer devido à pandemia. Como trabalho com cultura e estava concentrado em roteiros, a paralisação da cultura me deixou entediado em casa. Comecei a gravar vídeos, algo que nem me interessava antes. Se não fosse a pandemia, eu não teria me tornado um influencer digital. Não tinha vontade de gravar vídeo. Foi mais uma forma de ocupar o tempo, tanto o meu quanto o da minha mãe. Nossos primeiros vídeos se chamavam “Diário de Quarentena”, gravados em parceria com ela. Postávamos diariamente e as amigas dela da igreja sempre comentavam. Era uma distração muito bem-vinda para nós dois.
E você é uma figura premiada no teatro, escreveu aquele tesouro do Oboró. De onde veio a ideia da peça?
Oboró foi encomendada, mas quando me pediram só falaram assim: “Dez orixás vão inspirar a vida de dez homens, cada homem tem pelo menos uma característica de um orixá.” E aí tive a liberdade de contar as histórias que contei. Foi um processo muito especial. Escrevi aquelas duas horas de peça em 14 horas, porque só tinha 5 dias para escrever, e estava enrolado com outro trabalho. Escrevi metade em casa e a outra metade no trabalho. Apesar de ter sido um dia tranquilo, não pude folgar. Comecei às 4 da manhã em casa e terminei às 20 horas no trabalho.
E vem mais teatro por aí?
Vem mais, eu já escrevi a versão do Mágico de Oz com uma Dorote preta, A fabulosa fábrica de música, um musical infantil que está rodando o Brasil todo, e tem muita coisa vindo aí de teatro. Além disso, há um projeto de cinema que está em andamento, mas é o máximo que posso revelar por enquanto.
Quem foi, e se continuar sendo ou não, quem é hoje o Adalberto Neto?
O Adalberto é uma pessoa que veio ao mundo para se divertir, mas ao mesmo tempo para se sentir útil. Como um típico sagitariano que adora se divertir, não quero passar meu tempo apenas buscando meu próprio prazer, sabe? Eu preciso me sentir útil, por isso o que faço em minha rede social é muito importante para alimentar minha alma e essa necessidade de ajudar os outros.