Após temporadas de sucesso com o espetáculo “Benjamim, o palhaço negro” no Rio de Janeiro e em São Paulo, o ator Isaac Belfort agora pode ser visto em “Meninas Malvadas – O Musical”, que faz temporada até 29 de junho no Teatro Santander, em São Paulo.

— É uma grande felicidade fazer parte desse espetáculo, principalmente por ser um universo que eu gosto e consumo muito, que é a cultura pop. As músicas são hits, chicletes e nosso diretor mergulhou nesse estilo pop, isso nos ajudou nas referências de personagens, figurinos, visual. Além disso tudo, é uma trama tão atual. Todo mundo já passou pelo ensino médio, então essa história acaba sendo uma história muito real, por isso acho um roteiro bem escrito e por isso chega tão rápido nas pessoas — diz Isaac.
Na montagem, ele interpreta dois personagens masculinos importantes da trama: o Sr. Duvall, diretor da escola onde as personagens vivem a maioria das situações, e o Sr. Heron, pai da protagonista Cady Heron (Laura Castro).
— O Sr. Duvall é o diretor de North Shore. Ele tenta ao máximo ficar fora de qualquer responsabilidade da escola, assim os próprios alunos não têm tanto respeito por ele, e por isso compartilha a “direção” dessa escola com a professora Srª Norbury (Danielle Winits). O Sr. Heron, pai de Cady Heron (Laura Castro), tem sua participação na história sempre acolhendo a filha nesse novo mundo de possibilidades, que aceitaram juntos — acrescenta.
No musical, Belfort divide suas cenas com uma das atrizes mais respeitadas do circuito de musicais no Brasil: Danielle Winits, com quem faz duas dobradinhas — como os pais de Cady e também como o diretor Duvall e a professora Srª Norbury.
— Tenho a honra de dividir muitas das minhas cenas com Danielle Winits que faz 3 personagens. Juntos somos os pais de Cady, iniciando a jornada saindo da África e chegando em North Shore onde fazemos os mestres da escola, eu como Sr. Duvall, o diretor, e ela como Srª Norbury, a professora e braço direito dele. Além disso, dividimos cenas com as poderosas Anna Akisue, Gigi Debei, Aline Serra e Laura Castro. Dividir a cena com a Dani tem sido um grande presente, ela é muito generosa. Juntos fomos entendendo qual a relação desses pais ou até mesmo do diretor com a professora. Aprendo muito com ela em cena, principalmente com seu tempo de humor maravilhoso. Acho que foi uma sorte tê-la como dupla nessas cenas — revela Belfort sobre a parceria com Danielle.
Fã da história, o ator passou por sete semanas de preparação, com oito horas de ensaio diárias junto com todo o elenco.

— Esse espetáculo não é uma franquia, então junto com Mariano Detry, nosso diretor, e Alessandra Dimitriou, assistente de direção, tivemos diversas leituras do texto e trabalho de mesa pensando em quais possibilidades esse texto teria para o meu Duvall e o pai de Cady. Não copiar alguém que já fez e sim criar. E assim fui criando, além de muita pesquisa no próprio filme, como trazer essa maturidade, esse tempo de comédia no meu corpo com meu jeito. E principalmente sair do jovem de 23 anos, e criar um pai maduro e principalmente um diretor com tantos anos à frente de um colégio e já sem muito saco de tudo. Junto com o time de criativos, tive total apoio e abertura para criar junto até chegar no palco. Sou muito feliz em ter criado junto com tanta gente incrível — revela ele sobre o processo de criação dos seus personagens.
Este não é o primeiro musical de Isaac em 2025. No início do ano, ele esteve em cartaz em São Paulo com “Benjamim – O Palhaço Negro”, espetáculo onde atuou, produziu e também idealizou.
— Com certeza Benjamim foi um grande divisor de águas na minha carreira, onde muitas pessoas começaram a conhecer meu trabalho. Fizemos temporadas no Rio e fechamos essa história com apresentações em São Paulo com grande sucesso. Além dele, tenho outros trabalhos que guardo na memória. Não poderia deixar de mencionar o fenômeno “Elis – A Musical”, com direção de Dennis Carvalho no qual tive o presente de ser Marcos Lázaro, o empresário de Elis (Laila Garin). Destaco também um trabalho que eu fico honrado: a oficina de artes Paulo da Portela, que fundei junto com a rainha de bateria Bianca Monteiro, onde crianças, jovens e adultos têm acesso a cursos gratuitos. Fico muito feliz em fazer parte dessa história — revela.
Com 13 anos de carreira no teatro musical profissional, o carioca de Irajá ainda tem muitos sonhos a realizar, e já está escrevendo um novo projeto autoral após “Benjamim”.

— Confesso que não tenho sonho de dar vida à personagens específicos, mas sim em fazer alguns espetáculos. Ainda tenho uma jornada muito grande, mas eu amaria muito fazer a Lola em “Kinky Boots”, além de peças como “Hércules”… entre outros espetáculos e personagens. Junto a esses sonhos, já estou escrevendo um novo musical autoral para contar a história de um novo artista preto após Benjamim — completa.