A 56ª edição da Casa de Criadores, que aconteceu de 22 a 27 de julho de 2025 no Centro Cultural São Paulo (Sala Tarsila do Amaral), consagrou-se como palco vibrante da moda autoral brasileira, reunindo 33 desfiles com marcas consolidadas e emergentes.

Com duas sessões diárias, o evento destacou retornos memoráveis, como o de Fábia Bercsek e Guilherme Dutra, e estreias importantes: Lucas Caslu, Guilherme Paganini e Marisa Moura.
A edição reafirmou o compromisso da CdC com a sustentabilidade, diversidade e afirmação autoral, refletindo também em temas sociais como gênero, cor e inclusão.

Os desfiles de abertura já deixaram claro que esta edição tinha foco na afirmação da moda como arte e resistência. A presença de Claudia Liz também trouxe uma ponte entre gerações e frisou a importância da memória da moda nacional.
A pluralidade no uso de materiais, técnicas artesanais e narrativas políticas evidenciou o DNA inclusivo e inovador da Casa de Criadores 56, reafirmando-a como espaço central de renovação e visibilidade da moda brasileira contemporânea.



O evento foi marcada por quatro pilares fundamentais que se manifestaram de forma marcante nas passarelas.
A sustentabilidade esteve presente no uso de técnicas como o upcycling e processos manuais, especialmente visíveis nas coleções de Fábia Bercsek e do Estúdio Traça, que reaproveitaram materiais com criatividade e consciência ecológica.

A diversidade e identidade foram representadas por propostas com forte carga política e social, como no desfile da Ken‑gá B*tchwear, que trouxe à tona questões de gênero e sexualidade. O protagonismo feminino e LGBTQIA+ também se afirmou como linguagem visual e narrativa em diferentes coleções.

A expressão autoral apareceu com força entre os novos nomes da edição, como Lucas Caslu e Guilherme Paganini, que apresentaram criações autênticas, carregadas de personalidade, memória e experimentação estética.


Por fim, a experimentação formal se destacou em coleções que desafiaram as convenções da silhueta tradicional, explorando volumes esculturais, misturas inusitadas de tecidos, movimento e cortes não convencionais — reafirmando a Casa como um espaço de liberdade criativa.




Com uma programação rica e diversa, a semana consolidou-se como um espaço onde a criação genuína, a sustentabilidade e a experimentação caminham juntas, projetando novos caminhos para a moda brasileira.