Fechar menu
  • Quem Somos
  • Coluna
  • Tendência
  • Cultura
  • Moda
  • Comportamento
  • Matérias
  • Notícias
  • Desfile
  • Casting
What's Hot

MODELO JUNIOR SÁ, DA AGÊNCIA 3 MODELS, QUE COMEÇOU NO DESFILE BELEZA NEGRA, RETORNA AO BRASIL APÓS 6 ANOS NO EXTERIOR

23 de maio de 2025

TATIANA TIBURCIO DESTACA IMPORTÂNCIA DE RESSIGNIFICAR IMAGINÁRIOS COLETIVOS

17 de maio de 2025

EXPOSIÇÃO: BRASIL ÁFRICA – CORES QUE INTERAGEM

16 de maio de 2025
Facebook Instagram
Revista DBN
  • Quem Somos
  • Coluna
  • Tendência
  • Cultura
  • Moda
  • Comportamento
  • Matérias
  • Notícias
  • Desfile
  • Casting
Revista DBN
Início » APROPRIAÇÃO CULTURAL: QUANDO O LUCRO BRANCO SILENCIA A LUTA PRETA
Coluna

APROPRIAÇÃO CULTURAL: QUANDO O LUCRO BRANCO SILENCIA A LUTA PRETA

Dai SchmidtPor Dai Schmidt4 de dezembro de 20243 Minutos de Leitura
Facebook Twitter WhatsApp
Facebook Twitter Email WhatsApp

A apropriação cultural é um fenômeno histórico que carrega as marcas das relações raciais e coloniais. Em tempos modernos, essa prática assume novas formas, muitas vezes escondidas sob a máscara da “inovação” e do “universalismo”. Quando produtores brancos exploram expressões culturais negras sem comprometimento com suas origens, o que se vê é mais do que desrespeito à ancestralidade: é um apagamento político que mina a luta antirracista e transforma resistência em mercadoria.

As expressões culturais negras – música, dança, moda, arte – são frutos de uma história de resistência e dor. São símbolos de identidade e luta que a comunidade preta construiu enquanto enfrentava séculos de silenciamento. No entanto, ao serem apropriadas por produtores brancos sem a devida reverência às suas origens, essas expressões perdem seu significado original. O que antes era símbolo de resistência vira tendência. A cultura preta, ao ser deslocada de seus contextos políticos e históricos, é despolitizada e mercantilizada. Elementos como gírias, ritmos ou estéticas visuais, criados no seio da comunidade negra, frequentemente são vendidos como “inovações” por produtores que não compartilham a vivência ou os contextos que os originaram. Nesse processo, as vozes negras são ofuscadas, enquanto os lucros e o reconhecimento seguem para as mãos de oportunistas.

Um dos aspectos mais graves da apropriação cultural é a desconexão intencional dos contextos políticos que moldaram essas expressões. Músicas que nasceram como hinos de protesto tornam-se trilhas publicitárias. Roupas que eram símbolos de resistência se transformam em peças de fast fashion. Histórias de opressão são romantizadas, desidratadas de suas mensagens originais, para agradar consumidores. Essa prática não é apenas um erro ético, mas também um ciclo de exclusão e exploração. Enquanto a comunidade preta segue criando e resistindo, ela muitas vezes permanece marginalizada nos mercados culturais que consomem seus produtos.

Apropriação cultural não é homenagem, é oportunismo. Difere da apreciação cultural, que exige respeito, aprendizado e devolução de poder. A apreciação busca amplificar vozes negras e respeitar a ancestralidade, enquanto a apropriação rouba espaço, reconhecimento e lucro. Se você, produtor ou criador branco, consome ou trabalha com elementos de culturas negras, reflita: estou amplificando vozes negras ou roubando espaço? Os lucros e os créditos retornam à comunidade preta? Estou respeitando as histórias ou apenas explorando uma estética?

Enquanto a apropriação cultural continua a lucrar às custas da cultura preta, é urgente exigir protagonismo negro. Para que a cultura seja espaço de justiça e não de exploração, é preciso que os criadores pretos sejam o centro das narrativas e das recompensas. O antídoto para a apropriação cultural é a reparação histórica, com foco em redistribuição de recursos, holofotes e narrativas. É hora de abandonar a retórica performática e estruturar o discurso antirracista em ações concretas. Que o aplauso não seja para quem apenas empresta a voz ou o lucro, mas para quem carrega a cultura nas raízes e na resistência. A justiça cultural começa quando as mãos que criam também colhem.

Dai Schmidt
Dai Schmidt

Dai Schmidt

Dai Schmidt

 

Artigo AnteriorSUPERAÇÃO E INSPIRAÇÃO: GILVAN TRANSFORMA LUTA CONTRA O CÂNCER EM MOTIVAÇÃO PARA AJUDAR OUTRAS PESSOAS
Próximo artigo ATELIÊ FLOR DO ROCK: MODA SOB MEDIDA E ESTILO PARA TODOS OS CORPOS
Dai Schmidt
Dai Schmidt

Related Posts

O PESO DE TER QUE PROVAR SEMPRE MAIS

O RUGIDO ELEGANTE DE 2025: ESTAMPAS ANIMAIS COM DNA AFRO EM EVIDÊNCIA

MANCHAS NA PELE NEGRA: COMO CUIDAR E REALÇAR SUA BELEZA NATURAL

A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRO NAS TENDÊNCIAS DE MODA

Deixe uma resposta Cancelar resposta

PARCEIROS
Siga-nos
  • Facebook
  • Instagram
Não Perca
Notícias

MODELO JUNIOR SÁ, DA AGÊNCIA 3 MODELS, QUE COMEÇOU NO DESFILE BELEZA NEGRA, RETORNA AO BRASIL APÓS 6 ANOS NO EXTERIOR

Por revistadbn.com.br23 de maio de 2025

Júnior Sá, modelo internacional há quase seis anos, está de volta ao Brasil após uma…

TATIANA TIBURCIO DESTACA IMPORTÂNCIA DE RESSIGNIFICAR IMAGINÁRIOS COLETIVOS

17 de maio de 2025

EXPOSIÇÃO: BRASIL ÁFRICA – CORES QUE INTERAGEM

16 de maio de 2025

CONHEÇA SYLVANOS: IMIGRANTE AFRICANO DESPONTA COMO MODELO NO BRASIL!

14 de maio de 2025
Facebook Instagram
© 2025 Revista DBN

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.