Brasília foi palco de um verdadeiro espetáculo cultural com as 20ª e 21ª edições do DBN – Desfile Beleza Negra, eventos que marcaram o Mês da Consciência Negra com a exaltação da estética, cultura e ancestralidade afro-brasileira. Com temáticas que transitaram entre o passado, o presente e o futuro, o desfile reafirmou sua posição como uma das maiores celebrações da representatividade negra no Brasil.
20ª edição: Afrofuturismo e o Dia da Consciência Negra
No dia 20 de novembro, o DBN apresentou sua 20ª edição com o tema Afrofuturismo, em um evento que integrou as comemorações do Dia da Consciência Negra. Realizado no coração de Brasília, o desfile reuniu 56 modelos que exibiram criações de marcas como Dona Olga, Balaio Acervo, Loud, Purple Acervo e Estilo África.
Cada peça apresentou a conexão entre ancestralidade e inovação, combinando elementos da estética africana com a vanguarda da moda contemporânea. O desfile também destacou a importância da reflexão sobre a história e a cultura afro-brasileira, promovendo uma verdadeira celebração da identidade e da diversidade.
O evento, que contou com apoio da Secretaria de Cultura e do Correio Braziliense, emocionou o público ao trazer a cultura negra para o centro das atenções em um momento de orgulho coletivo.
21ª edição: Afropunk e o encerramento do Mês da Consciência Negra
Encerrando as comemorações do mês, a 21ª edição do DBN aconteceu no dia 29 de novembro, às 17h, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, com o tema Afropunk. O desfile apresentou 32 modelos que exibiram as criações da estilista Carol Montelo, fundadora do Ateliê Flor do Rock, reconhecida por seu trabalho inclusivo e sob medida, pensado para todos os corpos.
O evento também trouxe à tona a potência da moda como ferramenta de resistência cultural e social. Com uma produção assinada por Raoni Vieira, a edição destacou o estilo alternativo e a fusão de referências musicais e estéticas que o tema propôs.
Como parte de um encerramento emblemático, ao final da apresentação na Câmara Legislativa, o DBN realizou uma performance especial na rampa do Museu Nacional. A apresentação ao ar livre encantou uma plateia local e reafirmou o compromisso do evento em integrar a arte ao cotidiano, utilizando a icônica arquitetura do museu como uma plataforma artística viva e acessível. Esse gesto trouxe a moda para um espaço de convivência comunitária, fortalecendo o diálogo entre cultura e sociedade.
A edição contou ainda com o apoio da Associação PRIS, que promove inclusão social por meio de projetos culturais e educacionais, além da Secretaria de Cultura e da deputada distrital Dra. Jane Klébia, ambas comprometidas com a valorização da cultura negra e da igualdade racial.
DBN: Um movimento que vai além da moda
Idealizado por Dai Schmidt e tendo recente como sócio da marca o ator Jorge Guerreiro, o DBN – Desfile Beleza Negra consolidou-se como um movimento cultural que há 20 anos fortalece a cena artística afro-brasileira, promovendo talentos e impulsionando a moda negra no Brasil. Além dos desfiles, a marca também publica a Revista DBN (www.revistadbn.com.br), ampliando o impacto de sua mensagem de valorização e representatividade.
Impacto das edições
As duas edições do DBN foram um sucesso e reforçaram o papel do evento como uma plataforma de expressão e resistência da cultura afro-brasileira. As temáticas Afrofuturismo e Afropunk trouxeram olhares novos para a moda e reafirmaram a importância de celebrar a história e a identidade negra.
Com público emocionado e engajado, o DBN mais uma vez cumpriu sua missão de unir arte, cultura e moda em prol de uma causa maior: a valorização da cultura negra.
O EVENTO:
O Evento Consciência Negra 2024 na Torre de Tv em Brasília: três dias de celebração à cultura negra
Entre os dias 18 e 20 de novembro, Brasília foi transformada em um verdadeiro quilombo cultural durante o Consciência Negra 2024, evento que reuniu arte, música, moda e debates para celebrar a riqueza da cultura negra. Promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF) e pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), com apoio do Banco de Brasília (BRB) e da Associação de Educação, Cultura e Economia Criativa (AECEC), o evento atraiu milhares de pessoas para a Torre de TV.
A programação oferece atividades para públicos de todas as idades. Oficinas, feiras, exposições, rodas de capoeira e apresentações musicais que formaram um mosaico da história de lutas e conquistas da população negra no Brasil.
DBN: o brilho do encerramento
O grande destaque ficou por conta do Desfile Beleza Negra (DBN), realizado no último dia do evento, 20 de novembro. Em sua 20ª edição, o DBN explorou como tema o Afrofuturismo, levando ao palco um espetáculo de moda, arte e tecnologia que encantou o público. Com looks que uniram tradições africanas e as inovações futuristas na moda, o desfile foi uma celebração da ancestralidade projetada para o futuro.
Modelos de todas as idades desfilaram com roupas e acessórios que misturavam tecidos africanos como ankara e kente com cortes geométricos, peças metálicas e detalhes iluminados. A trilha sonora, cuidadosamente pensada, mesclou atabaques ancestrais com batidas eletrônicas, criando uma atmosfera imersiva.
De acordo com Jorge Guerreiro, ator e cofundador do DBN, o tema deste ano buscou provocar reflexões sobre como a cultura negra continua moldando o presente em direção ao futuro.
“O Afrofuturismo é a ponte entre a nossa história e as possibilidades do amanhã. Este desfile foi mais do que moda, foi um manifesto de orgulho, resiliência e visão”, afirmou Guerreiro.
Consciência Negra no calendário oficial do GDF
A abertura do evento, no dia 18, foi marcada por um momento histórico: a assinatura do decreto que oficializa o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra no calendário de festividades do Governo do Distrito Federal. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, ressaltou a importância desse reconhecimento:
“Celebrar a Consciência Negra é reafirmar o papel das populações afrodescendentes na construção da nossa sociedade. Este evento é um espaço de valorização, memória e luta por um futuro mais justo e igualitário.” – Claudio Abrantes – Sec. de Cultura DF
Diversidade de atrações
Durante os três dias de evento, a programação foi pensada para incluir múltiplas expressões da cultura negra.
Shows: Olodum, Vanessa da Mata, Seu Jorge, Raça Negra, Nação Zumbi, Marcelo Falcão e Tribo da Periferia comandaram o palco principal.
Cada apresentação trouxe um gênero musical que conecta a tradição afro-brasileira a novas sonoridades, como reggae, samba, hip-hop e pagode.
Feira Afro Brasília: Moda afro, acessórios, artesanato e produtos de empreendedores quilombolas e negros do DF e entorno estavam à venda, com foco na economia criativa local.
Gastronomia afro-brasileira: O chef Edilson Oliveira encantou o público com pratos que misturaram ingredientes típicos do cerrado a receitas tradicionais africanas, além de doces e sucos produzidos por comunidades quilombolas como Kalunga e Mesquita.
Exposição Tranças no Mapa: A artista Layla Maryzandra apresentou fotografias e narrativas que destacaram a importância histórica e cultural das trancistas, reforçando a estética negra como um símbolo de resistência e identidade.
Educação e inclusão em foco
O evento também abriu espaço para o diálogo e a formação de novas perspectivas. Palestras com personalidades como MV Bill trouxeram reflexões sobre igualdade racial, juventude negra e empoderamento. Oficinas de dança, DJ, capoeira e breaking dance ofereceram experiências práticas que conectaram o público à cultura afro-brasileira.
A acessibilidade foi um ponto forte do evento. Com intérpretes de Libras em todas as atividades, audiodescrição e estrutura adaptada, o evento Consciência Negra 2024 garantiu que pessoas com deficiência pudessem participar plenamente. A hashtag #ParaTodosVerem ajudou a promover uma comunicação mais inclusiva nas redes sociais.
DBN: um espetáculo de resistência e beleza
O Desfile Beleza Negra fechou o evento com chave de ouro, mostrando que moda é também um ato político. Além das criações deslumbrantes, o desfile incluiu performances artísticas que misturaram dança, projeções visuais e música, reforçando a narrativa afrofuturista. O público foi transportado para um universo onde ancestralidade e inovação caminham juntas, reafirmando a importância da cultura negra no Brasil e no mundo.
“Encerrar o evento Consciência Negra com o DBN foi um marco para nós. Mostramos que a beleza negra é infinita em suas possibilidades e está pronta para liderar as transformações culturais do futuro,” concluiu Dai Schmidt, idealizadora do projeto.
Para o futuro:
Com a inclusão no calendário oficial do GDF, a expectativa é de que o Consciência Negra 2025 seja ainda maior, consolidando-se como uma referência nacional. Brasília segue dando exemplo de como a cultura negra deve ser celebrada
Obrigado Brasília!
Serviço
Consciência Negra 2024
•Mais informações: Instagram @consciencianegradf
Prepare-se para 2025 e continue celebrando a força da cultura negra ao longo do ano!
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