Nos últimos anos, o protagonismo negro tem ganhado força nas telas, trazendo narrativas diversas e visuais marcantes. De escolhas ousadas na direção de fotografia às nuances da direção de arte, essas séries não só contam boas histórias, mas também entregam uma experiência estética poderosa. Se liga nessas cinco indicações recentes que vão te surpreender:
1. “The Bear” (2022) – Mais do que culinária
Ficha técnica: Criação de Christopher Storer | Com Ayo Edebiri, Jeremy Allen White e Ebon Moss-Bachrach. Disponível no Star+.
Por que assistir: Embora a trama central acompanhe Carmy (Jeremy Allen White) tentando salvar o restaurante da família, o protagonismo de Sydney (Ayo Edebiri) brilha. Ela é uma jovem chef negra cheia de ambição e vulnerabilidade, explorando as pressões de ser mulher e negra numa indústria predominantemente branca.
Estética: A direção de fotografia é visceral e claustrofóbica, traduzindo a pressão constante do ambiente de uma cozinha profissional. Tons quentes e closes intensos criam um contraste entre caos e momentos de epifanias emocionais.
2. “Rap Sh!t” (2022) – Cultura, amizade e ascensãoFicha técnica: Criação de Issa Rae | Com Aida Osman, KaMillion e Jonica Booth. Disponível na HBO Max.
Por que assistir: A série acompanha duas amigas tentando fazer sucesso no mundo do rap em Miami. Em tom leve, mas cheio de críticas sociais, aborda questões como gênero, raça e a dinâmica das redes sociais no mercado musical.
Estética: Com inspirações diretas na cultura pop e no lifestyle urbano, a direção de arte explora paletas vibrantes, cenários minimalistas e elementos das redes sociais na narrativa. A linguagem visual é atual e conectada com a geração Z.
3. “Swarm” (2023) – Obsessão e fanatismo
Ficha técnica: Criação de Janine Nabers e Donald Glover | Com Dominique Fishback, Chloe Bailey e Damson Idris. Disponível no Prime Video.
Por que assistir: A série explora o fanatismo em torno de uma cantora pop fictícia, refletindo sobre a cultura das redes sociais e seus efeitos na saúde mental. Dre (Dominique Fishback) é uma protagonista complexa, cujas ações te deixam dividido entre empatia e choque.
Estética: A direção de fotografia utiliza tons sombrios e saturados, criando uma atmosfera perturbadora que combina com a psique da protagonista. A direção de arte mistura cenários urbanos realistas com toques surreais, amplificando o desconforto.
4. “Mo” (2022) – Entre culturas e desafios
Ficha técnica: Criação de Mohammed Amer e Ramy Youssef | Com Mohammed Amer, Teresa Ruiz e Omar Elba. Disponível na Netflix.
Por que assistir: Embora a série seja focada em Mo (Mohammed Amer), um palestino-americano buscando asilo nos EUA, a presença de personagens negros no elenco e nas dinâmicas de comunidade enriquecem a narrativa. Tem humor, drama e muita reflexão sobre identidade e pertencimento.
Estética: A paleta de cores mistura tons terrosos e vibrantes para representar o choque cultural e o calor das relações pessoais. A direção de fotografia tem um toque documental, adicionando realismo à história.
5. “Bel-Air” (2022) – Uma releitura ousada
Ficha técnica: Criação de Andy Borowitz e Susan Borowitz | Com Jabari Banks, Cassandra Freeman e Adrian Holmes. Disponível no Peacock.
Por que assistir: A releitura dramática de “Um Maluco no Pedaço” traz profundidade aos personagens e explora questões de classe, raça e identidade. Will (Jabari Banks) é um jovem negro que tenta se adaptar a um novo mundo sem perder suas raízes.
Estética: Com uma direção de fotografia elegante e sofisticada, a série utiliza iluminação natural e composição de cenas para destacar as emoções dos personagens. A direção de arte é impecável, trazendo um contraste marcante entre o luxo de Bel-Air e as ruas da Filadélfia.
Essas séries mostram que o protagonismo negro vai muito além de representatividade: é sobre contar histórias que emocionam, provocam reflexão e se destacam no universo audiovisual. Qual delas você vai assistir primeiro?