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MERCEDES BAPTISTA: PIONEIRA DA DANÇA E DA RESISTÊNCIA AFRO-BRASILEIRA

EDSON DE SOUZAPor EDSON DE SOUZA29 de outubro de 20244 Minutos de Leitura
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MERCEDES BAPTISTA: PIONEIRA DA DANÇA E DA RESISTÊNCIA AFRO-BRASILEIRA
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A história da dança brasileira é marcada por figuras notáveis que, através de seus talentos e perseverança, transformaram e enriqueceram nossa cultura. Entre essas figuras, destaca-se Mercedes Baptista, a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, uma mulher cuja trajetória de vida e carreira é um testemunho de resistência e inovação.

 Início da Vida e Carreira

Mercedes Baptista na foto clássica tirada por José Medeiros dançando na Gafieira Estudantina com Valter Ribeiro no ano de 1956 – Acervo Arquivo Nacional – colorida digitalmente

Mercedes Ignácia da Silva Krieger Baptista nasceu em 20 de maio de 1921, em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro. Filha de João Baptista Ribeiro e Maria Ignácia da Silva, Mercedes cresceu em uma família humilde, onde sua mãe trabalhava como costureira. Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro em busca de melhores oportunidades.

No Rio de Janeiro, Mercedes trabalhou em diversos ofícios, incluindo bilheteira de cinema e operária em uma fábrica de chapéus. Foi nessa época que sua paixão pela dança começou a tomar forma. Em 1945, Mercedes começou a frequentar a Escola de Dança da bailarina Eros Volússia, onde rapidamente se destacou pela sua dedicação e talento incomparáveis.

Quebrando Barreiras no Theatro Municipal

Em 1950, Mercedes Baptista fez história ao tornar-se a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um feito extraordinário em uma época de profunda segregação racial e preconceito. Sua presença no palco do Theatro Municipal não apenas quebrou barreiras raciais, mas também abriu caminho para futuras gerações de bailarinas negras.

Inovação e Criação do Balé Afro-Brasileiro

Mercedes Baptista na foto clássica tirada por José Medeiros dançando na Gafieira Estudantina com Valter Ribeiro no ano de 1956 – colorida digitalmente

Mercedes Baptista foi uma revolucionária não apenas por sua presença, mas também por seu legado artístico. Ela foi uma das principais precursoras do balé afro-brasileiro, uma forma de dança que incorpora elementos da cultura afrodescendente em suas coreografias. Mercedes estudou e integrou movimentos e ritmos tradicionais africanos em suas performances, criando um estilo único que refletia a riqueza da cultura afro-brasileira.

Sua contribuição não se limitou aos palcos de balé. Mercedes Baptista também teve uma influência significativa nos desfiles de Carnaval, onde suas criações ajudaram a moldar o estilo de dança das escolas de samba. Suas coreografias trouxeram uma nova dimensão e profundidade aos desfiles, enriquecendo ainda mais essa tradição cultural.

Legado e Ensino

A bailarina Mercedes Baptista, primeira negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal, em 2005 Foto – Leonardo Aversa – Agência O Globo

Além de sua carreira como bailarina e coreógrafa, Mercedes Baptista dedicou-se à formação de novos talentos e à promoção da cultura negra. Como professora, ela ensinou e inspirou várias gerações de bailarinas e ativistas culturais. Seu compromisso com a educação e a inclusão fez dela uma figura fundamental na luta pela igualdade e reconhecimento das contribuições afro-brasileiras nas artes.

Reconhecimento e Homenagens

Estátua de Mercedes Baptista no Largo São Francisco da Prainha – Saúde, Rio de Janeiro

Ao longo de sua vida, Mercedes Baptista recebeu vários prêmios e homenagens por suas contribuições à dança e à cultura brasileira. Em 2007, foi homenageada com o Prêmio Ordem do Mérito Cultural, um reconhecimento do governo brasileiro por sua influência e legado duradouro na cultura do país.

Mercedes Baptista faleceu em 19 de agosto de 2014, mas sua história e feitos continuam a inspirar e ressoar. Seu legado é um testemunho poderoso da força e resiliência necessárias para superar as barreiras do preconceito e criar um impacto duradouro.

Reflexão

Mercedes Baptista nos ensinou que, com determinação e paixão, é possível transformar a adversidade em uma plataforma para a mudança. Sua vida e carreira são um exemplo brilhante de como a arte pode ser um veículo para a resistência e a transformação social. Seu legado continua a viver através das gerações de bailarinas e artistas que ela inspirou, e através das inúmeras vidas que ela tocou com sua graça e talento.

 

 

 

 

Referências:

 

  • Mercedes Baptista, considerada a principal precursora da dança afro-brasileira
  • Mercedes Baptista, a 1ª bailarina negra do Theatro Municipal do Rio – Revista Galileu | História
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EDSON DE SOUZA
EDSON DE SOUZA

Ed é um desenhista, escritor, candomblecista e criador de universos e histórias. Sua paixão pelas artes visuais floresceu na infância e, sendo autodidata, desenvolveu traços expressivos inspirados nas comics americanas, representando personagens negros que raramente encontrava na cultura pop. Da arte visual à escrita, o percurso foi natural; as histórias clamavam por serem contadas. As palavras tornaram-se a chave para explorar o inexplorado em si mesmo. Ed criou contos, escreveu um livro, produziu quadrinhos e fanzines, compôs poemas, deixou sua marca em muros com grafites, e também apresentou programas em rádios clandestinas. E em sua jornada, entregou o coração a uma preta escorpiana. Ed de Souza é Graduado em Ciências Sociais, com especialização em Estudos Afro-Brasileiros e Estudos das Cidades, é um crítico da sociabilidade contemporânea, argumentando que todos os caminhos apontam para Alkebulan (África). Para Ed, é essencial mergulhar nas raízes ancestrais, porque o futuro é intrinsecamente ligado ao passado. Sua citação favorita, de Marimba Ani, ressoa profundamente em sua filosofia: "Sua cultura é o seu sistema imunológico."

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