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Início » RICARDO TEODORO: O ATOR QUE TÁ DOMINANDO AS TELAS NO BRASIL E NO CENÁRIO INTERNACIONAL
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RICARDO TEODORO: O ATOR QUE TÁ DOMINANDO AS TELAS NO BRASIL E NO CENÁRIO INTERNACIONAL

Dai SchmidtPor Dai Schmidt11 de agosto de 20257 Minutos de Leitura
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Ator @ricardoteodoro Foto @lavraphilipp
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A Revista DBN traz, com exclusividade, um bate-papo inspirador com o ator brasileiro Ricardo Teodoro, que vem se destacando cada vez mais no cenário artístico, conquistando reconhecimento nacional e internacional. Com uma trajetória marcada pela dedicação e pelo talento, Teodoro brilhou em produções que o levaram de Governador Valadares, em Minas Gerais, aos tapetes vermelhos de festivais renomados e que lhe renderam um prêmio em Cannes.

Ator @ricardoteodoro Foto @lavraphilipp

Nesta conversa, ele compartilha histórias de sua trajetória, revela bastidores da novela e fala sobre os desafios e conquistas que marcaram sua carreira. Uma oportunidade única de conhecer mais sobre a vida e o olhar artístico de um dos grandes nomes da nossa dramaturgia.

Nascido em 17 de junho de 1988, em Governador Valadares, Ricardo Teodoro trilhou um caminho singular até o estrelato. Antes de se dedicar integralmente à atuação, teve experiências diversas, como bilheteiro e garimpeiro, que moldaram sua perspectiva e resiliência. Sua formação em Artes Cênicas pela Faculdade CAL e a pós-graduação em Gestão Cultural solidificaram sua base teórica e prática. A jornada artística de Teodoro começou em 2008, inicialmente no teatro, onde construiu uma sólida carreira em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

O ano de 2024 marcou um ponto de virada em sua carreira, com sua grande interpretação no filme Baby. Teodoro foi agraciado com o Prix Fondation Louis Roederer de la Révélation, no Festival de Cannes, além de se tornar o quarto ator brasileiro a receber o prêmio de Melhor Interpretação no Festival de Cinéma Queer de Lyon. O filme Baby tem sido amplamente elogiado, mostrando seu amplo repertório e presença marcante no cinema.

Ricardo Teodoro é um exemplo inspirador de como talento e dedicação podem abrir portas para o reconhecimento em escala global. Sua trajetória, que começou no teatro e se expandiu para o cinema e a televisão, o consolida como um dos nomes mais promissores da nova geração de atores brasileiros.

Ator @ricardoteodoro Foto @lavraphilipp

Agora, convidamos você a mergulhar no bate-papo com Ricardo Teodoro, que nos conta detalhes inéditos sobre sua vida artística e os momentos marcantes da sua carreira.

Ricardo, sua carreira vai do teatro ao cinema internacional, e recentemente você brilhou em Cannes. Como foi para você receber o prêmio de Ator Revelação nesse festival?

Foi surreal. Cannes sempre foi um sonho distante, quase intocável pra mim. E de repente eu estava lá, representando o Brasil, recebendo um prêmio que carrega tanto prestígio, cercado de artistas que eu sempre admirei. Foi muito mais do que um reconhecimento individual — foi um marco que reafirma que é possível sim sair do interior de Minas, do teatro, da luta, e chegar nos grandes festivais do mundo.

Você nasceu em Governador Valadares e cresceu em São José da Safira. Como sua origem e infância influenciaram sua arte e sua visão de mundo?

Minha origem está em tudo que eu faço. Crescer em São José da Safira me deu uma escuta muito aguçada, um olhar atento para os detalhes do cotidiano, para as dores e alegrias do povo. A simplicidade da minha terra me ensinou sobre resistência, afeto e coletividade. Eu carrego isso no corpo, na fala, dos personagens.

O filme Baby aborda questões profundas sobre afetos, marginalização e sobrevivência. O que mais te tocou nesse personagem e no processo de filmagem?

Baby me atravessou de muitas formas. Eu me vi, em diferentes momentos da minha vida, dentro daquele personagem. A solidão, o desejo de afeto, a necessidade de existir mesmo quando o mundo insiste em apagar sua presença… Tudo isso me tocou profundamente. O processo foi doloroso, mas também curador. Foi um set que me ofereceu escuta, liberdade e entrega.

Ator @ricardoteodoro Foto @lavraphilipp

No Brasil, ainda é um desafio para atores negros conquistarem papéis de destaque. Como você enxerga essa transformação e a importância da representatividade nas telas?

A gente tem avançado, mas ainda há muito o que fazer. O que eu sinto é que agora não dá mais pra voltar atrás — os nossos rostos, nossos corpos e nossas histórias estão ocupando espaços, e isso é irreversível. A representatividade não é só sobre estar na tela, é sobre estar de forma digna, complexa, plural. Quando uma criança negra se vê refletida ali, ela entende que ela também pode sonhar.

Na TV, você já fez desde novelas de época até produções contemporâneas. Qual foi o papel mais desafiador até agora e por quê?

Sem dúvida, o Olavo, da nova versão de Vale Tudo. Estar em um remake de uma das novelas mais icônicas do país é um desafio imenso por si só. Existe uma memória coletiva muito forte em torno da obra original, e ao mesmo tempo, a responsabilidade de ressignificá-la pro tempo presente. O Olavo é um personagem cheio de camadas, com contradições, desejos, uma energia magnética e perigosa. Encontrar o equilíbrio entre homenagem e reinvenção é o que mais tem me movido nesse processo.

A moda também é um espaço de discurso e identidade. Como você se relaciona com moda e estilo no seu dia a dia e na sua carreira?

Moda, pra mim, é narrativa. É uma forma de me afirmar no mundo. Eu gosto de pensar o que estou comunicando com cada peça, cada cor, cada corte. No dia a dia, sou mais básico, mas gosto de imprimir identidade. Já no trabalho, principalmente em eventos ou ensaios, uso a moda como uma extensão da minha voz artística.

Na sua opinião, qual é o papel da arte na construção da autoestima e valorização da cultura negra?

A arte tem o poder de curar e de reescrever narrativas. Quando a gente vê nossos corpos negros ocupando o centro da cena, sendo protagonistas de suas histórias, isso gera um impacto profundo na autoestima coletiva. A arte é também uma ferramenta política, de afirmação e resistência. Ela dá nome ao que tentaram apagar.

Você também é roteirista e diretor. Há projetos autorais que gostaria de trazer para o cinema ou streaming nos próximos anos?

Sim, tenho projetos que estão em fase de desenvolvimento. Um deles é um monólogo inspirado no livro Pele Negra, Máscaras Brancas, de Frantz Fanon, que mistura psicanálise e identidade racial. Quero muito ver esse trabalho ganhar corpo. Também estou escrevendo um roteiro mais íntimo, que fala sobre minha infância em Safira. Tenho vontade de contar essas histórias do Brasil profundo.

Ator @ricardoteodoro Foto @lavraphilipp

Ao longo da sua jornada, quais pessoas ou experiências foram determinantes para você seguir firme no caminho artístico?

Foram muitos nomes e encontros. Eu cresci vendo a força e a elegância de Zezé Motta, a potência de Antônio Pitanga, a presença arrebatadora de Tony Tornado. Mais tarde, me inspirei na trajetória de Viola Davis e Denzel Washington, artistas que não apenas abriram caminhos, mas pavimentaram uma estrada com dignidade, excelência e coragem. Eles me ensinaram que o nosso lugar no mundo não é negociável. Me mostraram que é possível ser grande, sendo fiel à nossa origem.

Que conselhos você daria a jovens negros que sonham em seguir carreira na atuação, especialmente sobre onde começar, como escolher cursos, agências, produtoras e diretores para se aproximar?

A primeira coisa é: não espere permissão pra existir. Ocupe os espaços. Busque formação — há cursos populares, iniciativas de fomento, coletivos teatrais, grupos de cinema independente que estão construindo uma nova estética e ética de trabalho. Se informe, estude, crie sua rede. E, acima de tudo, persista. Como disse o filósofo e pensador Achille Mbembe, “a perseverança é uma forma de sabedoria”. A carreira artística é cheia de ‘nãos’, mas o ‘sim’ certo pode mudar tudo. E ele chega pra quem continua.

Agora você está no elenco da nova versão de Vale Tudo, uma das novelas mais icônicas da TV brasileira. Como está sendo fazer parte dessa produção e o que pode contar sobre seu personagem Olavo?

Estar em Vale Tudo é um presente e uma responsabilidade. Essa novela faz parte da memória afetiva do país, e recontá-la hoje, com os olhos de 2025, tem uma potência enorme. O Olavo é um personagem cheio de nuances. Ele tem charme, ambição, contradições… Estou me divertindo muito e também me desafiando a encontrar os pontos humanos dele, sem caricatura. É uma grande oportunidade de mostrar outras camadas do meu trabalho.

 

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Dai Schmidt
Dai Schmidt

Dai Schmidt é idealizadora da marca Desfile Beleza Negra e da Revista DBN, disponível em formato impresso e online. Cursando o último ano da graduação em Psicologia, Dai iniciou sua trajetória como modelo em 2007 e, em 2012, passou a atuar como produtora de moda. Ativista comprometida com as questões raciais e sociais, ela utiliza sua experiência e voz para promover a representatividade, criar oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade e defender a luta antirracista. Seus projetos integram moda, arte e saúde mental, com foco na transformação e impacto social.

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