Fechar menu
  • Quem Somos
  • Coluna
  • Tendência
  • Cultura
  • Moda
  • Comportamento
  • Matérias
  • Notícias
  • Desfile
  • Casting
What's Hot

ERIKA HILTON: UM MARCO NA POLÍTICA BRASILEIRA E NA LUTA GLOBAL POR DIREITOS HUMANOS

8 de maio de 2025

A ELEGÂNCIA DA RESISTÊNCIA: O LEGADO ESTILÍSTICO DOS PANTERAS NEGRAS

6 de maio de 2025

STREETWEAR DE LUXO: A NOVA LINGUAGEM DA MODA GLOBAL

2 de maio de 2025
Facebook Instagram
Revista DBN
  • Quem Somos
  • Coluna
  • Tendência
  • Cultura
  • Moda
  • Comportamento
  • Matérias
  • Notícias
  • Desfile
  • Casting
Revista DBN
Início » A COMPLEXA REALIDADE DO RACISMO ESTRUTURAL
Coluna

A COMPLEXA REALIDADE DO RACISMO ESTRUTURAL

Dra Jane KlebiaPor Dra Jane Klebia16 de fevereiro de 20252 Minutos de Leitura
Facebook Twitter WhatsApp
Deputada Distrital Dra. @doutorajanedf
Facebook Twitter Email WhatsApp

Recentemente, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus para anular os atos de um processo por injúria racial envolvendo um homem negro sendo acusado por um homem branco de racismo reverso. Como mulher negra, enxergo que o STJ tomou uma decisão que, embora técnica, ressoa profundamente em nossa luta diária contra a realidade do racismo no Brasil. Uma vitória que, sem dúvida, merece ser celebrada.

Foi descartada a ideia de “racismo reverso”, um conceito que tenta relativizar o racismo estrutural que historicamente nos submete, negros e negras, à dor e à marginalização. A interpretação do ministro sobre a injúria racial foi clara e precisa: a lei foi criada para proteger aqueles que foram alvos de discriminação de forma sistêmica, e não para ser aplicada indiscriminadamente em todos os casos de ofensas, como decidido pelo defensor nesse julgamento.

É um rompimento perceber que, ao considerar o racismo como uma característica estrutural, o STJ reafirma que não se trata de uma simples troca de ofensas entre indivíduos. Não é sobre quem fala, é sobre a realidade social que nos cerca, onde pessoas negras são diariamente desumanizadas, marginalizadas e exterminadas pelo cor da pele. A lei de injúria racial foi criada para proteger aqueles que, como eu, sofrem com o preconceito em uma sociedade onde essa condição ainda é simbólica de opressão.

O racismo não é um ato isolado de palavras ditas, mas um sistema que exclui, que mata, que oprime. O racismo é uma construção histórica, é algo que marca nossa trajetória enquanto povo e que precisa ser combatido todos os dias. Ele não pode ser anulado como o simples argumento de “ofensas entre iguais”. Não podemos esquecer que, no Brasil, a população negra é historicamente mais afetada pela violência institucional, pela exclusão do mercado de trabalho, pela falta de acesso a uma educação de qualidade e pela invisibilidade nas esferas de poder.

Essa decisão traz um suspiro de esperança. Ver o STJ afirmar, com sua sentença, que a injúria racial só se configura em contextos onde há uma relação de opressão histórica, é reconhecer, finalmente, o que muitos se recusam a enxergar: o racismo no Brasil não é um conceito abstrato, ele é uma realidade cruel e violenta. A luta contra o racismo é a luta pela nossa dignidade, pela nossa humanidade.

E nunca é o bastante reforçar: racismo não é brincadeira. Racismo é crime.

Artigo AnteriorMAS E O MET GALA DE 2025? QUAL A IMPORTÂNCIA DO DANDISMO PARA A COMUNIDADE NEGRA?
Próximo artigo KENDRICK LAMAR E A REVOLUÇÃO TELEVISIONADA
Dra Jane Klebia
Dra Jane Klebia

Rompendo barreiras, Doutora Jane é uma inspiração na Câmara Legislativa do DF Desbravando caminhos e quebrando barreiras, uma mulher negra tornou-se uma força imparável, ocupando uma cadeira no parlamento do Distrito Federal. Sua história inspiradora ressoa como um hino de superação e conquista, motivando não apenas jovens, mas, especialmente, mulheres a sonharem alto e acreditarem no seu poder de transformação. Desde janeiro de 2023, a Câmara Legislativa do Distrito Federal ecoa uma nova voz poderosa, a da deputada Doutora Jane (MDB). Como a primeira mulher negra eleita para o cargo, sua trajetória é uma ode à superação e à determinação. A deputada inspira a população e se destaca por atuação em defesa da mulher e contra o racismo. Ela surge como uma representação forte e com propósito muito bem definido. Recente publicação do Distrito Federal definiu a deputada distrital Doutora Jane Klebia como a “improvável”. Para entender o motivo deste termo, basta uma breve leitura sobre o histórico da parlamentar. Nascida em uma realidade desafiadora, Doutora Jane, mulher negra de origem muito pobre - filha de baianos que vieram para Brasilia em busca de melhores condições de vida -, é a personificação da resiliência. O pai abandonou a familia quando Jane tinha apenas 3 meses de idade e seu irmão, 2 anos. A mãe seguiu firme na criação dos dois filhos, enfrentando adversidades com humildade, resiliência e uma conexão profunda com Deus, que a fez seguir em frente. O enredo da infância e juventude da deputada é facilmente observado na vida de jovens em qualquer região periférica do Distrito Federal. Talvez por isso ela tenha construído uma relação tão forte com essas comunidades. “Empatia, carinho e uma história semelhante me fizeram criar laços especiais com os moradores de regiões mais carentes do Distrito Federal”, afirma a deputada. Mas por que ela seria “improvável”? Aos 18 anos, após os primeiros anos de dedicação aos estudos – exigência de uma mãe que sabia que apenas a Educação poderia mudar o futuro dos filhos, Jane Klebia foi aprovada no primeiro concurso público e tomou posse como técnica de enfermagem. De lá pra cá, foram dez aprovações em concursos diversos e a possibilidade de escolher em que áreas atuar. Antes de ser a “Doutora Jane”, era a filha de Dona Evenita e atuou por 10 anos na Saúde, ao tempo em que se bacharelou em Geografia. Concluído o curso, deixou de atuar na Saúde para se tornar professora da rede pública do Distrito Federal, onde atuou por 11 anos, atuando em cidades como Taguatinga, Samambaia, Asa norte, Fercal e Sobradinho, lecionando para ensino Fundamental e Médio. Namorou, casou-se, teve 2 filhos, estudou mais e mais, se dividiu em muitas para dar conta de uma rotina extremamente cansativa. “Enquanto professora, cheguei a pegar cinco ônibus por dia para os trajetos até a escola onde atuava (de Sobradinho a Samambaia). Muitas vezes, dormia em pé dentro do transporte público tamanho era o meu cansaço”, lembra. Paixão por desafios Jane Klebia resolveu que queria mais um desafio e se inscreveu no concurso para o cargo de agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O resultado? Ela passou. Ao tomar posse, resolve que queria ser delegada. Para isso, retornou à faculdade, já com 35 anos de idade, e se bacharelou em Direito, requisito mínimo para sonhar com o cargo. Após o bacharelado, foram dois anos estudando oito horas por dia para, ao final, ser aprovada em um concurso concorrido nacionalmente - 100 candidatos por vaga, era um grande desafio . Esforço recompensado pelo título de “Dra. Jane Klebia, delegada de Polícia Civil do DF.” “Na época da preparação, eu comprava aquelas apostilas gigantes que eram vendidas nas bancas e estudava 8 horas por dia, todos os dias, além de buscar as bibliotecas públicas em todo o tempo livre que tinha. Eu queria muito ser delegada e consegui. Foi a realização de um sonho. Me encontrei nesse cargo. Hoje me orgulho de ter dedicado 22 anos da minha vida à Segurança Pública”, relembra, emocionada. Carreira consolidada Foi atuando como delegada, sempre em regiões periféricas, que Doutora Jane conquistou o carinho da população. A defesa da mulher foi sua maior bandeira. “Eu sempre fiz um trabalho muito voltado para esse cuidado com a mulher. Fazia busca ativa nas regiões onde atuava. Visitava as residências e conversava com as mulheres sobre violência doméstica, incentivava as denúncias e esclarecia sobre as possibilidades que elas dispunham para que pudessem sair do ciclo de violência. Sempre foi uma relação muito próxima. Eu fiz amigos por onde passei e sou muito feliz por isso”, afirma. “O combate era tão persistente que me recordo de diversas viagens que fiz a outros estados do País para perseguir e prender autores de feminicídio, deixando a mensagem de que o crime não compensa e de que a prisão era o destino de quem atentasse contra a vida das mulheres”. Doutora Jane ganhou o afeto da população ao focar sua paixão por desafios na defesa da mulher. Em 2022, sua transição para a política foi marcada por 19.006 votos, mais de 50% deles vindos das áreas onde dedicou quatro anos atuando como delegada, 6ª DP, que atendia as cidades do Paranoá e Itapoã. Impactar vidas Após 41 anos no serviço público, Doutora Jane chegou com tudo ao Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Por lá, a delegada de pulso firme mostra que sabe muito bem onde quer chegar e que seu mandato tem um recorte muito especial para todos que encontram em sua história de vida uma inspiração. “Meu mandato não teria qualquer sentido se fosse distante da população. Eu sigo sendo a Jane Klebia que atendeu os primeiros pacientes aos 18 anos de idade e acreditando que sem um olhar atento para a educação não vamos conseguir mudar histórias. Meu objetivo na CLDF é atuar para mudar vidas. Quero pautar minha atuação política pela convivência comunitaria e auxilio a projetos sociais, além das funções precípuas de fiscalização e proposições de leis que impactam a vida das pessoas positivamente, honrando, assim, os eleitores que me cofiaram o mandato”, reforça a deputada. Leis aprovadas Aos 60 anos, a deputada permanece fiel às suas raízes, mantendo um olhar atento para a educação e um compromisso inabalável em mudar vidas, ela busca, por meio de leis, abordar questões cruciais como proteção à mulher e saúde mental para profissionais da segurança. Um dos exemplos é o projeto Educa Por Elas, que leva o debate do combate a violência doméstica para as escolas. Sua primeira lei aprovada foi a que institui os Comitês de Proteção às Mulheres. A Lei cria espaços de referência em cada território do DF que fará a articulação da rede de proteção e apoio às vítimas. Outra área de atuação refere-se à ciência, tecnologia e inovação, setor que a parlamentar está fortalecendo com sua atuação. “Minha equipe está afinada com os meus pensamentos sobre as propostas legislativas. Sabemos que os projetos precisam, de fato, ter relevância para a maioria da população. E é assim que temos feito”, finaliza a deputada. A vida publica não a impediu de construir uma famíia. Doutora Jane tem dois filhos - um delegado de Polícia Civil e um jornalista -, os quais lhe orgulham muito e lhe deram cinco netos. Ama viajar, curtir o tempo livre em família e ouvir a comunidade e suas demandas. É nas redes sociais que ela mostra parte de seu trabalho além de interagir com a comunidade (@doutorajanedf). Doutora Jane, com sua equipe comprometida, continua a fazer história na Câmara Legislativa, reforçando que seus projetos refletem a relevância para a maioria da população. Ela é mais que uma deputada; é uma inspiração viva para todos que acreditam na transformação através da representatividade e da ação.

Related Posts

O PESO DE TER QUE PROVAR SEMPRE MAIS

O RUGIDO ELEGANTE DE 2025: ESTAMPAS ANIMAIS COM DNA AFRO EM EVIDÊNCIA

MANCHAS NA PELE NEGRA: COMO CUIDAR E REALÇAR SUA BELEZA NATURAL

A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRO NAS TENDÊNCIAS DE MODA

Deixe uma resposta Cancelar resposta

PARCEIROS
Siga-nos
  • Facebook
  • Instagram
Não Perca
Notícias

ERIKA HILTON: UM MARCO NA POLÍTICA BRASILEIRA E NA LUTA GLOBAL POR DIREITOS HUMANOS

Por revistadbn.com.br8 de maio de 2025

O Brasil mudou quando Erika Hilton chegou ao Congresso. Negra, trans, periférica e incansável, ela…

A ELEGÂNCIA DA RESISTÊNCIA: O LEGADO ESTILÍSTICO DOS PANTERAS NEGRAS

6 de maio de 2025

STREETWEAR DE LUXO: A NOVA LINGUAGEM DA MODA GLOBAL

2 de maio de 2025

O PESO DE TER QUE PROVAR SEMPRE MAIS

28 de abril de 2025
Facebook Instagram
© 2025 Revista DBN

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.